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A Companhia de Teatro Os Satyros foi fundada em São Paulo, em 1989, por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. Já com o primeiro trabalho, “Aventuras de Arlequim”, receberam o Troféu APCA de melhor ator (Ivam Cabral) e atriz coadjuvante (Rosemeri Ciupak), além da indicação ao Prêmio Mambembe de melhor texto (Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez). Mas foi em 1990, a partir da montagem “Sades ou Noites com os Professores Imorais”, que a companhia se tornaria nacionalmente conhecida.

Na época, o grupo assume a direção do Teatro Bela Vista e realiza diversas iniciativas culturais. É deste período a organização do “Folias Teatrais”, evento em homenagem à primavera, que deixa o Teatro Bela Vista aberto ininterruptamente durante 4 dias e 4 noites e, assim, pontua a resistência da cultura naquele difícil momento. Durante o evento, a companhia recebeu artistas de diversos lugares do País, das áreas de artes plásticas, teatro, dança, música, jornalismo e literatura.

Com a estreia de “Saló, Salomé”, em 1991, Os Satyros começam a definir uma linha própria de pesquisa. Depois de um ano em cartaz em São Paulo, o espetáculo é convidado a representar o Brasil em alguns festivais de teatro europeus: o FITEI, em Portugal, e o Festival Castillo de Niebla, na Espanha. Desta forma nasce a sede portuguesa do grupo. Instalados em Lisboa, Os Satyros produzem vários espetáculos e se apresentam em importantes teatros na Europa.

A partir de 1994, a companhia começa a trabalhar novamente no Brasil e elege Curitiba para abrigar a sua sede brasileira. Nesta fase o grupo trabalha intensamente entre Brasil e Portugal.

Em 1997, enquanto trabalham no eixo Curitiba-Lisboa-Berlim, Os Satyros são convidados a desenvolver trabalhos para a instituição alemã Interkunst. Em 2000, com a inauguração da sede paulistana da companhia na Praça Roosevelt, Os Satyros fecham as portas de seu braço português. Entre os anos de 2000 e 2005, quando deixa a direção do Interkunst, Os Satyros trabalham em Curitiba, São Paulo e em diversas cidades europeias, pois o trabalho da instituição alemã não se limita apenas às cidades alemãs.

Principais responsáveis pela revitalização da Praça Roosevelt – ao chegarem ali o local era considerado um dos mais perigosos do centro da cidade – Os Satyros têm realizado importante trabalho social. Desde a sua chegada à Praça Roosevelt, o grupo realiza, no início da primavera, a maratona cultural Satyrianas.

O evento que, durante 78 horas ininterruptas, oferece inúmeras atividades teatrais de acesso livre aos moradores da cidade, passou, a partir de 2009, a integrar o calendário oficial do Estado de São Paulo. Em sua última edição, a Satyrianas contou com a participação de mais de 7 mil artistas, ofereceu 600 atrações e atingiu um público de cerca de 60 mil espectadores.

Em 2014, após trabalhos com seriados e programas de televisão, Os Satyros lança seu primeiro longa, “Hipóteses para o Amor e a Verdade”, marcando o nascimento do braço Satyros Cinema. “A Filosofia na Alcova”, segundo longa da produtora, foi lançado em novembro de 2017.

Em seu curriculum, Os Satyros produziram mais de 100 espetáculos, se apresentaram em 20 países e, das mais de 100 nomeações, receberam 53 prêmios – incluindo os maiores do teatro brasileiro, como APCA, Shell, Mambembe, APETESP e Governador do Estado do Paraná.

Conheça os fundadores d’Os Satyros